Rival do Alibaba, JD leva lojas automatizadas para fora da China
Seu celular é a porta de entrada para visitar as lojas automatizadas da JD
Imagine entrar em uma loja, colocar o que precisa em sua bolsa e sair dela. Simples assim. Sem caixas, filas ou atendentes. Esta é a tarefa que as lojas automatizadas da JingDong, ou JD, oferecem a seus clientes em mais de 400 pontos na China e, a partir deste mês, também em países vizinhos, como a Indonésia.
Uma das 10 maiores empresas de internet do mundo, o grupo JD é o irmão menos famoso – mas igualmente rico e inovador – do Alibaba. Há um ano, a companhia iniciou seu movimento de sair do "mundo online", onde divide a liderança com o Alibaba, para fazer experiências offline. O objetivo da empresa, diz Liu Qiangdong, é oferecer o que seus clientes querem comprar em qualquer lugar, seja na tela de seu smartphone, seja em uma loja de conveniência ao lado de casa. O modelo é também chamado de "new retail" ou "varejo 360" e faz uso intensivo de novas tecnologias.
Para entrar em uma loja automatizada da JD, é preciso, antes instalar o app da companhia em seu smartphone e criar uma conta, associando-a a seu cartão de crédito ou a uma conta de "mobile payment", como WePay, por exemplo. Cumprida esta etapa, nada mais de caixas, filas ou burocracia.
Ao chegar a uma loja, deve-se escanear um QR Code disponível logo na entrada destes varejos. Esta ação serve para que os equipamentos da loja saibam quem está lá dentro. Uma alternativa é permitir que câmeras fotografem seu rosto. Por reconhecimento facial, as máquinas sabem quem está dentro da loja.
Todos os itens a venda são equipados com etiquetas de RFID, ou seja, tags com rádio frequência que informam aos dispositivos localizados próximo à saída seu preço. Se um cliente colocar, por exemplo, um creme de 20 yuans (moeda chinesa) em sua bolsa e uma parta de dentes de 16 yuans, as etiquetas informarão ao caixa que tal cliente está saindo da loja com 36 yuans em compras. O valor é debitado de seu cartão de crédito.
Também é possível usar as lojas físicas como "vitrines offline para o e-commerce". Neste modelo, você vai à loja, observa, toca e testa os produtos que deseja e, ao final, escaneia um QR code disponível em cada um deles. A ordem de compra irá para seu app no smartphone e, uma vez dado o OK, os produtos serão entregues em sua casa, por uma central de e-commerce. Nada de sair da loja carregando sacolas.
De acordo com a JD, na China, 85% das compras feitas em suas lojas físicas são entregues, pela central de distribuição, em até 24 horas. O objetivo da empresa é espalhar a presença de lojas automatizadas pelo sudeste da Ásia e Índia até o fim de 2019.
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