Topa compartilhar roupas? É o que propõe uma startup chinesa
Y-Closet: roupas limpas à vontade por um preço único mensal
Em vez de alugar uma sala comercial, você pode ter sua mesa em um coworking. Em vez de ter sua própria bicicleta, compartilhar uma com outros milhares de usuários, na cidade em que estiver. Nem mesmo alugar uma casa é necessário. Na China, é possível morar em "cohousing", dividindo um apartamento e áreas comuns com pessoas que se conhece online.
A onda do compartilhamento, agora, parece ter chegado às roupas e aos itens mais pessoais. Há três anos, a startup com sede em Shenzhen, sul do país, YCloset oferece um sistema de assinatura de roupas, que garante que você alugue as peças que vai usar e devolva-as depois, mesmo sem lavar – o modelo já existe no Brasil e conta com startups como a WardRobe, de Fortaleza.
O sucesso é tanto que, esta semana, a YCloset anunciou a captação de sua terceira rodada de investimentos, agora liderada pelo grupo Alibaba. O modelo de negócios é cômodo para os clientes, em geral mulheres jovens, com idades entre 20 e 30 anos.
O preço da "mensalidade" é 490 yuans, ou algo como R$ 300. Não é barato, porém permite o aluguel de quantas peças a cliente desejar, os custos de retirada, entrega e lavanderia, feita, aliás, em parceria com outro ícone da economia compartilhada local, a Laundromat, rede de compartilhamento de máquinas de lavar roupas, estão inclusos.
A assinatura permite o aluguel de roupas do dia a dia, mas também vestidos de grife, sapatos e acessórios. Para tornar-se um assinante, é preciso, antes, fazer um depósito equivalente R$ 130 reais, valor que será usado para "reparos" caso a consumidora perca ou danifique alguma peça. Não pagam o valor do depósito clientes do Alibaba que somarem mais de 600 pontos na plataforma "Sesame Credit", sistema que confere pontos a cidadãos considerados "bem-comportados" pelo serviço de e-commerce.
Se gostar muito de uma peça, a consumidora pode optar por não devolvê-la, fazendo sua aquisição por um preço, em média, 30% mais baixo do que o valor que pagaria em uma loja de varejo. Desta maneira, a startup controla não só o aluguel de roupas, mas torna-se um privilegiado canal de vendas de itens de moda.
Um dos investidores da série C de investimentos, o grupo GSR Ventures, que também é acionista do sistema de compartilhamento de bicicletas OFO e do app de carros Didi, o Uber chinês, divulgou uma nota dizendo que a tendência de compartilhar bens é irresistível, diminui custos para toda a cadeia envolvida e permite às pessoas usufruir de muito mais bens e serviços do que fariam se tivessem apenas a opção de comprá-los.
Se a economia do compartilhamento será uma realidade dominante na China, ainda não sabemos. Mas certamente o dinheiro derramado sobre as startups que se aventuram em oferecer carregadores de celular, guarda-chuvas, meios de transporte, casas para viver e, agora, até roupas compartilhadas, é muito real. Só nesta rodada, a YCloset captou US$ 50 milhões.
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