Futuro do Alibaba será vender sua tecnologia para empresas
Sede do Alibaba, em Hangzhou: empresa vai vender suas tecnologias
O grupo Alibaba, uma das maiores companhias de internet do mundo e conhecida no Brasil pelo ecommerce AliExpress, anunciou, nesta semana, que a empresa se transformará em um provedor global de tecnologia para terceiros.
Chamado de "A100", o programa apresentado por Daniel Yong, CEO do grupo desde a saída de Jack Ma do dia a dia da corporação, é a principal mudança no modelo de negócios da empresa desde sua fundação, em 99. O gigante da web, cujo valor de mercado é avaliado em mais de US$ 400 bilhões, sempre fez dinheiro conectando vendedores a consumidores, por meio de sua plataforma de comércio eletrônico, usada por mais de 600 milhões de pessoas todos os dias.
Para crescer, a companhia tornou-se referência mundial no desenvolvimento de soluções inovadoras para o varejo online e offline, criando plataformas de pagamento mobile, robôs para operar logística, serviços de nuvem, análise preditiva e Big Data e aplicações de inteligência artificial.
Entre os muitos braços do Alibaba está, por exemplo, uma solução em nuvem que analisa o trânsito em grandes cidades, a partir de câmeras de monitoramento de prefeituras, e altera o funcionamento de semáforos, para dar maior fluidez ao tráfego. Segundo Young, a prioridade da empresa nos próximos anos é vender tais inovações para órgãos públicos, empresas de varejo offline e companhias que desejem ganhar produtividade a partir da adesão à plataformas de internet das coisas (IoT) e marketing digital desenhados pelo Alibaba.
"Existe um mundo muito maior fora das fronteiras de nossa empresa e gostaríamos de entregar todas as soluções que desenvolvemos a quem queira acelerar a transformação digital de seus Negócios, em especial nas áreas de varejo e indústria financeira", disse Yong, durante a One Business Conference, evento anual em que o Alibaba anuncia seus planos para o período seguinte.
Nos últimos quatro anos, o grupo que se originou de uma bem-sucedida operação de ecommerce passou a operar em áreas como logística, pagamento móvel, entretenimento e até varejo offline, como o desenvolvimento dos supermercados inteligentes HeMa, operados pela empresa.
Segundo o anúncio feito por Yong, todo esforço acumulado nestes setores servirá não só para turbinar as vendas da plataforma Alibaba, mas também para gerar receita por si só, com a venda de suas tecnologias a terceiros.
De acordo com a consultoria IDC, no mundo, o mercado de "soluções para transformação digital", setor que o Alibaba anuncia entrar, movimentará US$ 1,97 trilhão ao ano até 2022. Para efeito de comparação, o PIB do Brasil, a soma de todas as riquezas produzidas no país em 2017 foi quase o mesmo: US$ 2,05 trilhão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.