Jovens estão abandonando WeChat na China para evitar os pais
re
TikTok: eles preferem estar onde os pais não os vigiam
As diferenças culturais entre Ocidente e Oriente certamente são muitas, mas o desejo dos adolescentes de manter suas aventuras entre amigos longe do conhecimento dos pais parece ser universal.
Um relatório divulgado nesta semana pela consultoria JiGuang revela que a China vive o mesmo fenômeno registrado no Brasil, Europa ou Estados Unidos, regiões em que jovens passaram a usar menos a rede social dominante, neste caso o Facebook, para evitar que seus pais os vissem fazendo coisas, digamos, desabonadoras. Nessas regiões, o beneficiário maior foi o Snapchat.
Na China, a rede dominante é o WeChat, app utilizado por 1 bilhão de usuários únicos, o que incluir virtualmente todos os chineses capazes de segurar um celular com as mãos. Ao contrário da rede criada por Zuckerberg, o app da Tencent é, no entanto, muito mais que uma rede social, integrando pagamentos e uma miríade de serviços digitais que o tornam praticamente uso obrigatório para sobreviver na China moderna.
Um lugar para os tiozinhos: adolescentes acham o WeChat velho demais
Segundo a análise da JiGuang, entre os chineses nascidos após o ano 2000, portanto com 19 anos ou menos, só 15% fazem postagens no item "Momentos", equivalente à timeline do Facebook. Entre o público geral, a média de publicações em "Momentos" supera 57%.
O estudo aponta que os adolescentes chineses não deixaram totalmente de lado o WeChat, app do qual dependem para pedir um táxi, fazer um pagamento ou mandar mensagens de texto e voz para os amigos. No entanto, na hora de utilizar funções sociais, como compartilhar momentos importantes de suas vidas, preferem outras redes.
O maior beneficiário dessa migração é o app TikTok, do grupo ByteDance Doyin, incrivelmente popular entre os adolescentes na China. Sem o olhar vigilante das mamães e papais, é possível publicar registros das festinhas em que se misturam garotos e garotas, experimenta-se cigarros ou mesmo cantam uma inofensiva música no KTV… em horário de aula.
Para os especialistas ouvidos pela consultoria JiGuang, sempre que uma aplicação atinge uma massa tão grande de usuários, como o WeChat, abre-se uma brecha para o surgimento de novos competidores, que sejam capazes de melhor atender nichos específicos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.